- Name: Isis
- Surname: Brum
- About Me: Tem uma música da Bruna Caram, e de que gosto muito, chamada “Caminho para o Interior”. Desde setembro de 2011, percorro esta estrada: primeiro, da metrópole paulistana de volta para minha cidade natal, Porto Ferreira; depois, para as profundezas de minha existência, onde me descobri/descubro mais educadora que repórter.
Todos os dias, essa decisão configura-se como a mais acertada. A criação deste blog profissional marca o início de uma nova jornada em minha vida pessoal e profissional – pois que uma está diretamente associada a outra e ambas a um mesmo sentimento: o amor inequívoco pela palavra escrita e pela expressão do pensamento e das emoções por meio do texto.
Tendo sido esse sentimento uma das motivações que me levaram ao Jornalismo – e à minha carreira como repórter – também ele me renova e se manifesta, agora, voltado para a Educação. Precisamente, para as aulas de redação, para o ensino/aprendizado prazeroso da escrita, da criatividade, do debate, da emoção de descobrir palavras mais belas, mais verdadeiras, engraçadas, críticas ou cínicas; que fazem som, rima, que não se encaixam.
Escrever é uma liberdade imensurável. Liberta para a cidadania, na medida em que o indivíduo não teme expressar-se textualmente porque domina esta linguagem; liberta o pensamento, pois a escrita exige níveis de abstração cada vez mais complexos; amplia as redes associativas do cérebro, sujeito a estímulos constantes, os quais tendem a desorganizar nossa compreensão de realidade e nos levam a experimentar novas formas de acomodação e equilíbrio; liberta nosso espírito criador – porque escrever não constitui uma finalidade última, mas também um meio de se auto-conhecer ao elaborar, organizar e dar significado aos pensamentos e aos sentimentos.
Escrever pode ser por amor, ideologia, para o vestibular, para um romance, por profissão, desabafo ou, simplesmente, para guardar e lembrar; para exorcizar, edificar, destruir ou agradecer; pode ser para encantar.
Escrever é como estender um pouco de si para o papel ou para a tela do computador e ter o direito amplo de se rever e renovar. Não para menos escrever também é uma arte, uma forma de dar um testemunho de nossa existência a alguém e de se fazer caber em um mundo cheio de indagações, exigências, perplexidades, concorrência e solidão.
Talvez, seja essa a razão pela qual aprecio, neste momento, a definição usada pela escritora Lya Luft para justificar por que escrever:
“Escrever para mim é indagar. Escrevo para obter respostas que – eu sei – não existem. E sobre possibilidades de ser mais feliz – essa, eu sei também, depende um pouco de cada um de nós, de nossa honradez interior, nossa fé no ser humano, nosso compromisso com a dignidade. Escrevo para provocar e questionar também: quem somos e como vivemos – como convivemos, sobretudo. Falo do estranho que somos: nobres e vulgares, sonhadores e consumidores e tantas vezes mesquinhos”.
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